sábado, 28 de fevereiro de 2009

Ao meu garoto

Não dava pra ser mais simplesinho não?
Aceitar que tudo acontece conforme você decidir?
Que quando uma coisa antiga termina é
Pra dar espaço para as novas começarem?
E até quando eu vou ter que te ver
Quebrar a cara com tantas garotas erradas
Até você descobrir que eu sou a pessoa certa?
Que eu sou a melhor coisa para nós dois?
Que às vezes a vida é boa, às vezes não é.
E que eu sempre estarei ao seu lado,
Para te amparar nas horas
Que não forem tão boas assim.
Para te levantar, caso você caia,
Para te ouvir quando você precise,
E fazer mais um milhão de coisas
Para que no final
Eu receba um sorriso seu
Como forma de agradecimento,
E me sentir a pessoa mais maravilhosa do mundo
Devido a esse sorriso.
É indiferente eu falar que te amo,
Isso não nos levaria a nada mesmo...
E depois de tantas turbulências,
Palavras vãs e mágoas profundas,
Eu ainda estou aqui, te esperando,
Engolindo meu orgulho e esperando a tua vontade.
Porque, pra mim,
A busca da felicidade
É muito mais importante
Que ficar lembrando daquele dia que não deu certo...

By Vane ;D

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Amor...

Ela chorava um amor não correspondido, ela chorava por não ser amada, ela chorava por amar o namorado da melhor amiga...
Quando visitava a amiga, em uma grande parte das vezes ela encontrava o garoto lá, sentado no sofá desbotado de sol, com as pernas largadas, o corpo meio torto, jogado ao lado, seus olhos turquesa refletindo a imagem da pequena TV. Ela evitava olhar-lo ao chegar, mas ele fazia questão de cumprimenta-la, olhando nos olhos. Ele sabia que ela o amava, e parece que sentia prazer ao vê-la ali, sofrendo. Então, dando um grande suspiro, como se quisesse inalar um pouco de coragem ela respondia seu cumprimento, com um breve “oi” solto bem firme para controlar o tom de lamento.
Em uma das vezes, ela entrou no quarto da amiga. Mirou o quadro de fotos onde as imagens retratavam o amor do casal. Tão felizes, tão sorridentes... se abraçando, se beijando... Uma das fotos estava quase caindo, atrás tinha alguma coisa escrita... ela pode ler o final da inscrição: “Te amo muito, minha princesa”.
Princesa... como ela sonhou que alguém, algum dia a chamasse assim...
Então ela foi embora, caminhou até sua casa com passadas largas, quase corridas, sentindo nauseante o coração bater nas costelas, e o choro doendo na garganta lutando para escapar pelos olhos.
Chegou em casa, seguiu correndo até o quarto, se jogou na cama e chorou, chorou o mais alto que pode, quase gritando, tentando eliminar pela boca aquela fúria que o ciúme lhe causara. Chorou até a cabaça doer, sentou na cama e sentiu uma leve tontura. Seu coração pulsava forte, condoído pelo próprio sofrimento. Então lembrou da explicação que teve no colégio sobre o coração... “o músculo mais potente do corpo humano”, o professor lhe explicara. “É o motor do ser humano, se parar, o resto do corpo também parará”. Então, ela colocou as mãos sobre o peito, e torceu para que as batidas diminuíssem, desacelerassem, se ausentassem por um momento, e então, parece de bater.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

J.K. – O engenhoso encritor.

Esses dias eu estava dando uma olhada no blog de um amigo meu, o Zé, pseudônimo “Jossan Karsten”, ele é escritor também... escreve sobre fatos reais, como eu. Escreve sobre coisas que acontecem do jeito que acontecem ou do jeito que ele imagina que acontecem.
Bem, nosso personagem de hoje, o Zé, ou melhor, o Jossan, é um cara interessantíssimo, onde podemos fazer uma análise ainda mais interessante em cima da pessoa dele. Ele é do tipo inteligente, criativo, pervertido, taradão. Escreve pornografias, luxurismo, pervertilidades... Tem uma mente criativa um tanto libidinosa para um acadêmico em Comunicação Social. Pessoas que estudam Comunicação normalmente são falantes, alegres, mas não taradas.
Lendo o blog do Jossan, fiquei imaginando de onde ele tirava tantas idéias para registrar mais tarde ali, a vista de todos que quisessem e tivessem vontade de ler, e souberem o que ele estava sentindo naquele momento. “Sou um admirador da beleza feminina” ele se justificava em um dos contos. Usava palavras fortes, convincentes “Teve uma época em que só pensava em sexo” era o que ele falava no conto mais recente que postara.
Comecei a passear por outros blogs que estavam disponíveis na internet. Alguns muito bons, falando sobre profissões, política, outros com contos ou crônicas e uma grande maioria cheia de tons magenta com fotos de gente famosa. Esse último tipo era quase insuportável a leitura, tanto pelo excesso de cor-de-rosa e estrelinhas quanto pelos imperdoáveis erros de grafia na legenda das fotos: “Zentii, eli é lindu!” ou “Amodoru vuxeis”.
Alguns blogs funcionavam como uma espécie de diário virtual. É muito curioso a mim saber porque as pessoas insistem em dividir seu dia-a-dia com os outros. A quem interessará se a Aninha foi passear no clube hoje? E quem se importa se a Gabi foi dormir na casa da Izinha? Pois esse tipo de registro estava ali, todas as informações escancaradas para quem quiser ler e saber um pouco mais da vida desses anônimos.
Nesse caso, nos mostra que existem duas opções: ou você tem um blog pessoal, ou você tem privacidade. Não tem como você conciliar as duas coisas...
E analisando agora os contos depravados do meu amigo Jossan eu me pergunto? Será que ele fantasia tudo isso? Ou será que o blog dele é como o das meninas cor-de-rosa onde ele retrata viver uma história dessas a cada dia? Será que o blog onde ele posta os contos de trabalho não seria nada menos que um diário mascarado?
Resolvi lhe mandar um e-mail perguntando, não queria expor minhas duvida ali no seu blog, no espaço destinado a comentários, um e-mail seria algo mais privativo. Abri a minha caixa de e-mails, comecei a escrever então cancelei a mensagem, pensando melhor, não iria adiantar, talvez ele não me relevasse a verdade sobre seus escritos... O melhor era eu acreditar no que eu achasse que era verdadeiro...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Photograpics

Passei o carnaval todo em casa... Não fiquei nenhum pouco deprimida por isso, pois na terça feira eu tinha marcado encontro com um cara espetacular. Sabe aqueles caras bonitões de olhos claros e músculos milimetricamente perfeitos? Então, um desses...
Mas a terça feira chegou trazendo uma chuva do cão, passei o dia todo sentindo reviravoltas no estômago devido o excesso de ansiedade aguardando a tão esperada noite, e contando os milésimos de segundos até chegar a hora combinada de eu ligar para ele.
Não consegui esperar, liguei antes, beem antes... mas ele não atendeu. Consolei a mim mesma lembrando que ele tinha acabado de chegar de um acampamento e deveria estar dormindo, afinal de contas, eram 4 horas da tarde. Esperei até mais tarde e então liguei novamente, o celular dele chamou uma, duas, dez vezes e nada! O filho da mãe não em atendeu! Então aí eu me permiti sair do controle.
Entrei no meu quarto e me joguei de costas na cama, fitando o teto. Olhei para frente e encarei a parede que sustentava um gigantesco mural de chapa galvanizada que eu usava para pendurar fotos. Numa foto centralizada eu via o rosto do canalha que acabava de me dar bolo. Lembrava bem da nossa ultima conversa "vamos fazer alguma coisa no carnaval" sugeri, e ele: "Eu vou acampar, mas na terça eu to aí". Eu disse que eu iria ligar mancando a hora para sairmos, ele ascentiu e eu conclui “se você me deixar esperando eu te mato!” e ele muito alto confiante respondeu “quando eu falo que vou fazer, eu faço”. Aquela expressão sorridente que estampava seu rosto na foto me irritava cada vez mais. Tive a leve impressão que ele sorria da mesma forma naquele momento, em ver que eu o procurava no celular. Me perguntei porque ainda mantia uma foto dele presa no mural junto com as tantas outras fotos. Por quê?
Levantei e caminhei até o mural, levantei a mão decidia a arrancar a foto dali, mas parei no mesmo instante...
Porque será que pessoas colecionam fotos?
Porque as pessoas gostam de lembrar de coisas passadas?
Porque eu não tinha ali uma foto de uma Eco Sport ou um Cross Foz que eu queria tanto? Porque na minha opinião teria que ser assim, colecionarmos imagens que queremos para o futuro. Passado é passado, já era, não volta mais. Agora futuro não, futuro é uma coisa que está por vir, uma coisa que será mutável conforme nossas atitudes presentes. Eu não posso mudar o passado, mas o que eu fazer hoje, no presente, posso alterar o meu futuro.
Continuei olhando a foto... pessoas não deveriam guardar fotos, não deveriam recordar lembranças... De que adianta se pregar no passado sendo que o que importa a nós é planejar o futuro?
Observei a foto mais uma vez... Aquele rapaz tinha uma cara de malandrão... aprontador... tão safado que chegava até ser bonitinha a expressão no seu rosto. Tirei a foto do mural e analisei entre meus dedos, lembrei com exatidão o dia em que tirei aquela foto. Foi num domingo à tarde, numa festa. Ele estava lindo com uma camiseta lilás bem colada deixando a mostra todos aqueles músculos salientes e bem naturais. O cabelo modelado com gel de forma largada, do jeito que eu adoro, uma calça jeans marcando bem o contorno das coxas... espetacularmente perfeito. Ele sorriu quando tirei a foto. Depois dançamos uma música juntos... eu conseguia lembrar do perfume que ele usava... a maneira que ele falava, como sorria... em um segundo rápido ele tocara minha mão, talvez nem tenha sentido, mas eu vibrei quando ele roçou a sua mão na minha... Então como um lampejo de luz eu voltei ao meu quarto, me peguei sonhando com a foto dele nas mãos, e descobri porque se guardam fotos...
Porque elas nos fazem voltar no tempo, e na maioria das vezes trazem uma sensação boa ao coração...